sexta-feira, 29 de abril de 2011


Jo 21, 1-14
A missão da comunidade

 
-* 1 Jesus apareceu aos discípulos na margem do mar de Tiberíades. E apareceu deste modo: 2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé chamado Gêmeo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3 Simão Pedro disse: «Eu vou pescar.» Eles disseram: «Nós também vamos.» Saíram e entraram na barca. Mas naquela noite não pescaram nada.
4 Quando amanheceu, Jesus estava na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5 Então Jesus disse: «Rapazes, vocês têm alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não.» 6 Então Jesus falou: «Joguem a rede do lado direito da barca, e vocês acharão peixe.» Eles jogaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, de tanto peixe que pegaram. 7 Então o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor.» Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu a roupa, pois estava nu, e pulou dentro d’água.
8 Os outros discípulos foram na barca, que estava a uns cem metros da margem. Eles arrastavam a rede com os peixes. 9 Logo que pisaram em terra firme, viram um peixe na brasa e pão. 10 Jesus disse: «Tragam alguns peixes que vocês acabaram de pescar.» 11 Então Simão Pedro subiu na barca e arrastou a rede para a praia. Estava cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de tantos peixes, a rede não arrebentou.
12 Jesus disse para eles: «Vamos, comam.» Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13 Jesus se aproximou, tomou o pão e distribuiu para eles. Fez a mesma coisa com o peixe.
14 Essa foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

* 21,1-14: A comunidade cristã que age sem estar unida à pessoa e missão de Jesus continua nas trevas e não produz fruto, pois trabalha sem perceber a presença do ressuscitado e sem conhecer o modo correto de realizar a ação. No momento em que ela segue a palavra de Jesus, o fruto surge abundante. A missão termina sempre na Eucaristia, onde se realiza a comunhão com Jesus.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Evangelho do dia - 28.04.2011








Lc 24, 35-48
A realidade da ressurreição
 
35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão.
-* 36 Ainda estavam falando, quando Jesus apareceu no meio deles, e disse: «A paz esteja com vocês.» 37 Espantados e cheios de medo, pensavam estar vendo um espírito. 38 Então Jesus disse: «Por que vocês estão perturbados, e por que o coração de vocês está cheio de dúvidas? 39 Vejam minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo. Toquem-me e vejam: um espírito não tem carne e ossos, como vocês podem ver que eu tenho.» 40 E dizendo isso, Jesus mostrou as mãos e os pés. 41 E como eles ainda não estivessem acreditando, por causa da alegria e porque estavam espantados, Jesus disse: «Vocês têm aqui alguma coisa para comer?» 42 Eles ofereceram a Jesus um pedaço de peixe grelhado. 43 Jesus pegou o peixe, e o comeu diante deles.

A missão cristã -
* 44 Jesus disse: «São estas as palavras que eu lhes falei, quando ainda estava com vocês: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.» 45 Então Jesus abriu a mente deles para entenderem as Escrituras. 46 E continuou: «Assim está escrito: ‘O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, 47 e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. 48 E vocês são testemunhas disso.

* 36-43: A ressurreição não é fruto da imaginação dos discípulos, nem se reduz a fenômeno puramente espiritual. A ressurreição é fato que atinge o próprio corpo; daí a identidade do ressuscitado com o Jesus terrestre. Qualquer ação humana que traz mais vida para os corpos oprimidos, doentes, torturados, famintos e sedentos, não é apenas obra de misericórdia, mas é sinal concreto do fato central da fé cristã: a ressurreição do próprio Senhor Jesus.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Evangelho do dia - 27.04.2011

Lc 24, 13-35
Jesus caminha com os homens
 
* 13 Nesse mesmo dia, dois discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam a respeito de tudo o que tinha acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: «O que é que vocês andam conversando pelo caminho?» Eles pararam, com o rosto triste. 18 Um deles, chamado Cléofas, disse: «Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que aí aconteceu nesses últimos dias?» 19 Jesus perguntou: «O que foi?» Os discípulos responderam: «O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo. 20 Nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. 21 Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que tudo isso aconteceu! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo, 23 e não encontraram o corpo de Jesus. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos, e estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo, e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas ninguém viu Jesus.»
25 Então Jesus disse a eles: «Como vocês custam para entender, e como demoram para acreditar em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que o Messias não devia sofrer tudo isso, para entrar na sua glória?» 27 Então, começando por Moisés e continuando por todos os Profetas, Jesus explicava para os discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando.» Então Jesus entrou para ficar com eles. 30 Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
32 Então um disse ao outro: «Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?» 33 Na mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros. 34 E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão!» 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão.

* 13-35: Lucas salienta os «lugares» da presença de Jesus ressuscitado. Primeiro, ele continua a caminhar entre os homens, solidarizando-se com seus problemas e participando de suas lutas. Segundo, Jesus está presente no anúncio da Palavra das Escrituras, que mostra o sentido da sua vida e ação. Terceiro, na celebração eucarística, onde o pão repartido relembra o dom da sua vida e refontiza a partilha e a fraternidade, que estão no cerne do seu projeto.

domingo, 24 de abril de 2011

Evangelho do dia - 24.04.2011


Domingo da Páscoa do Senhor
1ª Leitura: At 10,34ª.37-43
Sl 117
2ª Leitura: Cl 3, 1-4
Evangelho: Jo 20, 1-9
Jesus não está morto 
 
-* 1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro. Ela viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2 Então saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo que Jesus amava. E disse para eles: «Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o colocaram.»
3 Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. 4 Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo. 5 Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou. 6 Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão 7 e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte.
8 Então o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou. 9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz: «Ele deve ressuscitar dos mortos.»

* 20,1-10: A fé na ressurreição tem dois aspectos. O primeiro é negativo: Jesus não está morto. Ele não é falecido ilustre, ao qual se deve construir um monumento. O sepulcro vazio mostra que Jesus não ficou prisioneiro da morte. O segundo aspecto da ressurreição é positivo: Jesus está vivo, e o discípulo que o ama intui essa realidade.

Feliz Páscoa!


Páscoa...

... é luz que ilumina nossas vidas.

... é amor, acima de tudo

... é vida que se renova

... é esperança que se faz certeza

... é felicidade que se faz presente

... é Deus no Céu ou na Terra

... é Deus que está dentro de nós.

FELIZ PÁSCOA!

PAZ E BEM!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Evangelho do dia 20.04.2011


Mt 26,14-25
O novo Cordeiro pascal

14 Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi aos chefes dos sacerdotes, 15 e disse: «O que é que vocês me darão para eu entregar Jesus a vocês?» Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16 E a partir desse momento, Judas procurava uma boa oportunidade para entregar Jesus.
-* 17 No primeiro dia dos ázimos, os discípulos se aproximaram de Jesus, e perguntaram: «Onde queres que façamos os preparativos para comermos a Páscoa?» 18 Jesus respondeu: «Vão à cidade, procurem certo homem, e lhe digam: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, eu vou celebrar a Páscoa em sua casa, junto com os meus discípulos.’ « 19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou, e prepararam a Páscoa. 20 Ao cair da tarde, Jesus se pôs à mesa, com os doze discípulos. 21 Enquanto comiam, Jesus disse: «Eu lhes garanto: um de vocês vai me trair.» 22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: «Senhor, será que sou eu?» 23 Jesus respondeu: «Quem vai me trair, é aquele que comigo põe a mão no prato. 24 O Filho do Homem vai morrer, conforme a Escritura fala a respeito dele. Porém, ai daquele que trair o Filho do Homem. Seria melhor que nunca tivesse nascido!» 25 Então Judas, o traidor, perguntou: «Mestre, será que sou eu?» Jesus lhe respondeu: «É como você acaba de dizer.»

* 17-25: Cf. nota em Mc 14,12-21.[ * 12-21: A celebração da Páscoa marcava a noite em que o povo de Deus foi libertado da escravidão do Egito. Jesus vai ser morto como o novo cordeiro pascal: sua vida e morte são o início de novo modo de vida, no qual não haverá mais escravidão do dinheiro e do poder.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Morte

Paro pra contemplá-la e logo tardo no delírio do encontro, transpirando como se carregasse imenso fardo para além dum destino miserando...
E lhe pergunto acabrunhado – Quando há de sorver-me o hálito da vida nesse abissal mergulho, transladando a sorte da existência combalida?
Nunca mais, nunca mais hei de sofrer depois do tempo que enrijece as dores e se compraz diante do viver!
Nunca mais, nunca mais tal sentimento! Vai-se a fragrância de emurchadas flores nesse lapso do eterno passamento...

Maceió, 19.08.1987
Juarez Montenegro

Evangelho do dia - 19/04/2011


Jo 13,21-33.36-38
“O que você pretende fazer, faça logo"
 
21 Depois de dizer essas coisas, Jesus ficou profundamente comovido e disse com toda a clareza: «Eu garanto que um de vocês vai me trair.» 22 Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23 Um deles, aquele que Jesus amava, estava à mesa ao lado de Jesus. 24 Simão Pedro fez um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25 Então o discípulo se inclinou sobre o peito de Jesus e perguntou: «Senhor, de quem estás falando?» 26 Jesus respondeu: «É aquele a quem vou dar o pedaço de pão que estou umedecendo no molho.» Então Jesus pegou um pedaço de pão, o molhou e o deu para Judas Iscariotes, filho de Simão. 27 Nesse momento, depois do pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: «O que você pretende fazer, faça logo.» 28 Ninguém aí presente compreendeu por que Jesus disse isso. 29 Como Judas era o responsável pela bolsa comum, alguns discípulos pensaram que Jesus o tinha mandado comprar o necessário para a festa ou dar alguma coisa aos pobres. 30 Judas pegou o pedaço de pão e saiu imediatamente. Era noite.

A expressão de fé em Jesus é o amor -
* 31 Quando Judas Iscariotes saiu, Jesus disse: «Agora o Filho do Homem foi glorificado, e também Deus foi glorificado nele. 32 Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
33 Filhinhos: vou ficar com vocês só mais um pouco. Vocês vão me procurar, e eu digo agora a vocês o que eu já disse aos judeus: para onde eu vou, vocês não podem ir 36 Simão Pedro perguntou: «Senhor, para onde vais?» Jesus respondeu: «Para onde eu vou, você não pode me seguir. Você me seguirá mais tarde.» 37 Pedro disse: «Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu daria a minha própria vida por ti.» 38 Jesus respondeu: «Você daria a vida por mim? Eu lhe garanto: antes que o galo cante, você me negará três vezes.»

* 18-30: A longa noite da paixão começa com a traição de Judas, símbolo da traição que pode estar presente dentro da própria comunidade cristã.
* 31-38: O mandamento novo supera todos os outros mandamentos. Deus e o homem são inseparáveis. E é somente amando ao homem que amamos a Deus. Em Jesus, Deus se fez presente no homem, tornando-o intocável. Tal mandamento novo gera uma comunidade, que oferece uma alternativa de vida digna e liberdade perante a morte e a opressão.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cartaz do Fórum Franciscano de Meio Ambiente 2011

Evangelho do dia - 13/04/2011

Jo 8,51-59
Jesus é maior do que Abraão
 
51 Eu garanto a vocês: se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte.»
52 Os judeus disseram: «Agora sabemos que estás louco. Abraão morreu e os profetas também. E tu dizes: ‘se alguém guarda a minha palavra, nunca vai experimentar a morte’. 53 Por acaso, tu és maior que o nosso pai Abraão, que morreu? Os profetas também morreram. Quem é que pretendes ser?» 54 Jesus respondeu: «Se eu glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vocês dizem que é o Pai de vocês. 55 Vocês não o conhecem, mas eu o conheço. Se dissesse que não o conheço, eu seria mentiroso como vocês. Mas eu o conheço e guardo a palavra dele. 56 Abraão, o pai de vocês, alegrou-se porque viu o meu dia. Ele viu e encheu-se de alegria.» 57 Então os judeus disseram: «Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão?» 58 Jesus respondeu: «Eu garanto a vocês: antes que Abraão existisse, Eu Sou.» 59 Então eles pegaram pedras para atirar em Jesus. Mas Jesus se escondeu e saiu do Templo.

sábado, 9 de abril de 2011

Capítulo Avaliativo da Ordem Franciscana do Brasil - Frei Almir

Crônica propositalmente lacunar
Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM (*) 

Os franciscanos seculares são leigos que buscam a santidade. Não querem ser cristãos de repetição de gestos e ritos, de orações e ações nem sempre nascidas no fundo do coração. Os que buscam nossas fileiras são pessoas (ou deveriam ser)  apaixonadas pelo Evangelho. Esta paixão se traduz na vivência do duplo amor: amar o Senhor e os irmãos. Na vida de todos os dias, na família, na fraternidade franciscana,  no trabalho dedicado à implantação do que chamamos de Reino, os franciscanos seculares “impulsionados pelo Espírito a atingir a perfeição da caridade no próprio estado secular, são empenhados pela profissão a viver o Evangelho à maneira de Francisco e mediante esta Regra aprovada pela Igreja” (Regra, n.2).  Sempre temos saudades do Evangelho.  O Evangelho nos picou e deixou em nós o seu “vírus” (Texto-base do Capítulo, n.4).
1. Os irmãos e as irmãs da Ordem Franciscana Seculares estiveram reunidos de  25 a 27 de março de 2011 para a realização de seu Capítulo Ordinário Intermediário. Todos sabemos como são importantes  tanto os Capítulos eletivos quanto os que  se prestam para uma avaliação da caminhada. Os que querem progredir precisam rever os passos dados. Não se mede um capítulo apenas por suas decisões ou deliberações por mais solenes e  necessárias que possam ser. Há todo um clima que se cria no momento em que irmãos se encontram com irmãos. A Ordem Franciscana Secular é antes de tudo uma Fraternidade composta de uma multiplicidade de grupos de irmãos e irmãs  que querem ser santos.
2. M. Bortoli, autor italiano, assim define  a espiritualidade franciscana:  “...é uma forma de vida espiritual alimentada pelo desejo ardente de possuir sempre mais a divina caridade, como resposta de amor ao Deus-amor, por meio de Jesus Cristo, levando uma vida que se conforma a Jesus mediante a observância integral e amorosa do Evangelho”  (Manual para a Assistência  à OFS e JUFRA , p.77).
3. Estão espalhadas por todo o território  nacional:  em Curitiba como em Dracena,  no interior gaúcho e às margens do Amazonas, fraternidades novas e fortes e outras envelhecidas. Algumas carregando promessas e outras sem esperança. Muitas com assistência espiritual, outras, há anos, sem a presença de assistentes.  Umas entusiasmando e entusiasmadas, outras... Eloi Leclerc, no  seu Francisco de Assis, O Retorno  ao Evangelho  lembra que “uma ou duas vezes por ano, todos os frades se reúnem em capítulo. Esses encontros desempenham papel importantíssimo na vida da fraternidade. Os capítulos não são somente um tempo forte durante o qual os irmãos, na alegria do reencontro, se reabastecem na  oração e no louvor, mas também ocasião de tomada de consciência comum: todos e cada um se sentem  solidários e responsáveis pela vida do grupo e por sua missão no mundo” (p. 60). Tudo que se passa no decorrer de um capítulo deve levar a esse revigoramento da fraternidade e de sua missão no mundo e a assumir a responsabilidade jubilosa de cada um na vida do grupo.  “Até agora nada fizemos...”
4. O Capítulo se realizou no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, numa casa de religiosas,  na Conde de Bomfim diante da comunidade do Borel, pacificada nos últimos tempos. Franciscanos da Paz e do Bem se reunindo perto de um espaço que busca a paz e o bem. A casa das irmãs é cercada de verde e se pode ouvir o cantar da água descendo pelas encostas.
5. As celebrações eucarísticas foram, de alguma forma, exemplares, muito bem preparadas, cantos bonitos, participação de todos, clima de oração. O evento capitular se abriu com a bela solenidade da Anunciação do Senhor. Maria do sim, Maria que acolhe a sombra do Alto. Maria da fidelidade. Os franciscanos seculares, com sua profissão de vida franciscana no século, dizem seu sim e são mães e irmãos do Senhor. Bela foi a celebração sobre Clara com a presença de  Irma Terezinha da Gávea. Na missa se deu destaque àquilo que deveria unir clarissas e terceiros: a paixão de Clara pelo Cristo pobre, a contemplação do esposo no espelho, a oração mais silenciosa e apaixonadamente contemplativa,  o ajudar os membros cambaleantes da Igreja. A vida franciscana secular não poderá ser marcada por uma oração sem vida, desencarnada, mecânica.  Precisamos redescobrir a tensão tipicamente franciscana  entre ação e  contemplação. Temos todo interesse em nos deixar tocar pelo estilo clariano de viver. No domingo, 27  de março, tivemos a graça de nos encontrar com um dos mais belos e densos textos batismais, catecumenais, quaresmais. A mulher de Samaria foi buscar água no poço e lá encontrou um judeu que, por sua vez, lhe propunha uma outra água: a água do Espírito.  Água, batismo, sede, vontade de sair de uma religião pacífica, vontade de cultivar em cada um de nós essa sede que nasce quando somos visitados por Cristo, o sedento de vidas. A equipe de liturgia  soube colocar ao lado do altar elementos que nos ajudaram a viver a liturgia: uma água jorrava incessantemente e seu murmúrio foi um doce canto durante a celebração. Muito daquilo que vivemos na liturgia devemos à nossa estimada  Griselda Eyng, do Rio, e sua equipe.
6. O tema do Capítulo era  Nossa Regra é nossa vida.  Os franciscanos seculares têm a graça de ter recebido a  Regra paulina, aprovada em 1978. As antigas gerações de terceiros não conseguiram assimilar toda a riqueza do novo documento inspiracional franciscano secular. Uma maravilha literalmente desconhecida. Muitos terceiros foram formados apenas num espírito devocional e não conseguiram ainda  compreender o que significa, efetivamente, ser um franciscano secular. A Regra  especifica tudo aquilo que é fundamental: leigos tocados por Cristo, desejosos de atingir a perfeição na caridade, vivendo em fraternidade, contemplando a figura de Cristo, do Cristo pobre e servo, leigos em suas famílias, na terra explorada e estragada, no mundo, sequiosos do Cristo, amor que não é amado, desejosos de ser para... A Regra coloca os que a seguem na trilha da santidade nos tempos de hoje.  Ela fornece os elementos para que os seculares construam sua identidade. Esse é um desafio.
7. Não é aqui o lugar de evocar as sombras e as luzes que incidem sobre a Ordem Franciscana Secular em nossos dias. Durante o Capítulo  ficou claro que não podemos nos contentar com uma vida medíocre e superficial. Precisamos tirar as últimas consequências da profissão que deverá ser levada a sério, como um pacto que nos arranca da mesmice, da rotina, da velhice. Há uma pergunta que precisa sempre ser respondida:  Que significado tem para o mundo de hoje os franciscanos, seu carisma, de modo particular a Ordem Franciscana Secular? Muda alguma coisa numa paróquia a existência de um Fraternidade franciscana secular?  Para sair da mediocridade será preciso o afervoramento.  Este depende de uma tomada de decisão pessoal e comunitária. A Ordem Franciscana Secular é Ordem da Penitência. A cada instante os participantes se diziam: Temos que renovar e afervorar nossas fraternidades.  Por aí começa tudo”.
8. A Ordem Franciscana Secular do Brasil está se mobilizando em torno de três preocupações:  revitalizar a vida na fraternidade local (reuniões, retiros, experiências de oração, boa qualidade de formação); despertar e aguçar o sair do grupo, o ir pelo mundo,  o ser uma fraternidade em estado de missão, aberta, acolhedora que vai ao encontro das pessoas; franciscanos e cristãos  queremos ser cuidadores zelosos da criação.  Muitos desses temas estão sendo objeto de estudo e de reflexão no país ao longo do triênio.  Lembro que o Capítulo Intermediário Geral que se realizará no Brasil terá como tema “Evangelizados para evangelizar”. É hora da evangelização.  Ministros, formadores e assistentes não podem dormir. É hora de evangelizar nossas fraternidades em todos os momentos.
9. Questionou-se muito a visita fraterno-pastoral feita pelo regional às fraternidades.  Esta será levada mais a sério. Não pode ser corrida, formal, funcional, mentirosa. Os visitadores  podem ser “anjos” de Deus ou funcionários de um entidade fria e sem vida. Não se pode jogar as coisas para debaixo do tapete: os irmãos da fraternidade local precisam fazer sérias e sólidas experiências de fé e serão corrigidos carinhosamente pelos visitadores para que a nossa Ordem não seja medíocre, para que não venham a debochar dela dizendo que é um “aglomerado de velhos e velhas que não serve para nada”.   Fica claro que a Ordem deverá ser constituída por um laicato maduro e consciente, de casados, solteiros, jovens e menos jovens. Não podem ser pessoas de sacristia, agentes do “conservadorismo”, mas pessoas que vão escrevendo um novo evangelho com sua vigorosa vida cristã.  Esta proposta precisa ser feita também aos jovens.
10. Tivemos a alegria de contar com significativa presença de assistentes regionais que enriqueceram o Capítulo.  Muitos sentem alegria em acompanhar a Ordem. Alguns são nomeados para as fraternidades locais, mais nunca “vestiram a camisa”.  Hoje, mais do que nunca, se espera que os assistentes ajudem os leigos a serem leigos de verdade e não apenas “hóspedes” das sacristias. O Assistente acompanhará as reuniões do conselho, os encontros da fraternidade, os projetos pastorais.  Ele haverá de se fazer presente de modo particular no tempo que precede a profissão.  Estamos convencidos que se os Assistentes agirem de verdade, sem serem diretores, a Ordem poderá conhecer novo vigor.  Por que tantos frades se mostram desmotivados? O trabalhar com terceiros pode ser uma atividade pastoral mais frutuosa do que aquela que fazer funcionar uma paroquia mecanicamente.  Sonho com o dia em que os lideres de nossas paróquias sejam franciscanos seculares e não certos “novos cristãos”  nascidos de emoções religiosas fugazes e não verdadeiras.
11. Há uma figura emblemática na OFS. Trata-se do professor Paulo Machado da Costa e Silva, terceiro franciscano da fraternidade do Sagrado em Petrópolis. Lembro-me dele como professor de História no Colégio Estadual de Petrópolis, perto do prédio dos Correios.  O Professor Paulo Machado já teve muitas responsabilidades no seio da OFS tanto locais, regionais, nacionais como internacionais.  Fez parte de comissões que prepararam a Regra e as Constituições da OFS e hoje, a convite do Ministro Nacional da OFS, Antônio Benedito da Silva, faz parte do Conselho Nacional. Trata-se de um gentleman, sempre impecavelmente vestido, cortês, franciscano e intransigente defensor dos valores franciscanos. Ele  faz parte do coração de muitos frades e terceiros. Neste Capítulo apresentou duas propostas que foram aprovadas:  que seja criada no Conselho Nacional da OFS do Brasil, como seu Departamento permanente, a Comissão Nacional  da memória histórica e biográfica da OFS do Brasil e que os 40 anos da unificação da OFS no Brasil, ocorrida em 4 de fevereiro de 1972, sejam comemorados em 2012, em todo o território nacional, para resgatar o significado desse evento histórico e incentivar a vivência do ideal da fraternidade  dessa escola de perfeição cristã  que é a Ordem Franciscana Secular. Suas propostas foram aprovadas. Sua presença em todas as reuniões é uma bênção.  Que Deus o conserve.
12. Num canto da sala havia uma exposição de números  da Revista Paz e Bem ao longo dos tempos.   Houve mudança de nomes, de formato.  Houve tempos em que o Secretariado Nacional  com o apoio de Frei Leovigildo Balistieri da Casa Nossa Senhora de Paz de Ipanema,  no Rio, publicou uma revista ilustrada (Painel Brasileiro -  PB), que tinha o propósito de competir com  o  Cruzeiro  e a  Manchete.  As revistas ali expostas me trouxeram a história tão bonita dos frades e dos terceiros.  E havia uma bela foto de Frei Mateus Hoepers, OFM, tio de Frei  Alberto Beckhäuser, que foi um frades que mais se dedicou à Ordem Terceira, ele que, na sua simplicidade, dirigia em Petrópolis e foi se acostumando com o método ver, julgar e agir.   Lá estava aquela foto de Frei Mateus a nos acompanhar discretamente durante o Capítulo.
13. Denize Marum, Ministra Regional de São Paulo, minha conhecida desde 1980, fez uma intervenção encarecendo a corresponsabilidade de todos e apoiando o projeto de transformar  a Revista Paz e Bem numa publicação que chegue a dar lucro. Lamentou o fato de que muitos irmãos pagam e não a recebem.  Esse assunto será resolvido quanto depender de nosso Ministro Nacional.
14.  Não posso me privar da alegria de exprimir minha alegria e emoção durante a representação teatral de  Chiquinho.  Jovens da Baixada Fluminense montaram esta peça sobre Francisco de Assis. Simples, cenários simples, palavras simples, rapazes e moças de uma paróquia na Baixada não franciscana.  Peça simples e bonita, agradável, curta, não enjoativa, cheia de brilho. Uma propaganda enorme para Francisco.  Que bom seria se todas as paróquias franciscanas não fizessem, de quando em vez, coisa semelhante.  Por isso começa nossa animação vocacional.  De que adianta uma reunião mensal morosa?  Como conseguir novas vocações. Esse tipo de encenação deverá se associar a todos os empenhos de nossa irmã Mara de Porto Feliz.  Não se pode dormir no ponto...  Depois da encenação houve um jantar com caldo verde e angu à moda do Gomes.... Tudo simples, franciscanamente bonito
15. Que dizer ainda?  Vamos continuar. Os conselhos regionais precisam fazer uma reunião quase que extraordinária para conversar sobre todas essas coisas.  Nada de conclusões  mirabolantes mas  um desejo de voltar ao fervor dos começos. Retomar as opções e prioridades de Manaus, melhorar a formação, levar os irmãos à santidade  “A Regra da OFS, feita de pedaços da Escritura e de orientações oficiais da Igreja contêm essencialmente o Evangelho. Por isso, no rosto dos franciscanos seculares aparecer traços evangélicos:  uma vida pessoal e familiar de singeleza e simplicidade, vida de despojamento sem requintes competitivos e posturas que humilham; pessoas que vivem para servir e servem para viver; verdadeiros irmãos de seus irmãos de dentro e de fora, irmãos não de discursos, mas de fato;  gente laboriosa que trabalha sem perder o espírito da santa oração; pessoas que se alimentam cotidianamente da Palavra e da Eucaristia, pessoas que salpicam com a “água” do Evangelho tudo o que tocam ou fazem, ou seja, seu trabalho pastoral, sua missão de pai e de mãe; pessoas que sabem acolher a cruz e que vivem no meio das provações o espírito da perfeita alegria; pessoas que se achegam dos mais simples e mais pobres; gente que não existe para si, mas para que o amor seja amado. Essa é a nossa vida” (Documento do Capítulo, n.8).

Concluindo
Vivendo com os franciscanos seculares aprendi a amá-los.  Muitas confidências deles  coloco no altar da missa do Pari, às 7h da manhã, missa que conta com a participação de gente de eucaristia diária, de leigos que trabalham no comércio e na indústria do bairro. Naquele momento me lembro muito dos franciscanos seculares.  Espero que este Capítulo do Rio, simples mas bonito, desperte um novo entusiasmo em todos. Isso que importa. Somos todos responsáveis. Ninguém pode se omitir.
 
(*) Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
Assistente Nacional da OFS pela OFM e Assistente Regional do Sudeste III

Capítulo Nacional da OFS no Rio de Janeiro

Foi realizado no período de 25 a 27 de março de 2011, no Colégio Regina Coeli, no bairro carioca da Usina, o 33º Capítulo Nacional Ordinário da OFS; que nesta edição foi avaliativo. Para tal avaliação os capitulares refletiram o tema “Nossa Regra é nossa Vida” e o lema “Revendo os passos dados”.

Nas moções aprovadas pelos capitulares, nosso Regional Sudeste 2 - através da irmã Griselda Eyng (Coordenadora Geral do Capítulo) e da Comissão Organizadora do Capítulo (irmãos e irmãs de várias Fraternidades locais) - recebeu uma homenagem dos capitulares "pela capacidade em preparar o ambiente e o acolhimento com imenso carinho, atenção, responsabilidade e alegria fraterna". Foi a sétima vez que o Regional sediou um Capítulo Nacional Ordinário.

Participaram franciscanos seculares da quase totalidade dos dezesseis regionais. Da Região Sudeste 2 foram capitulares o Ministro e o Vice-ministro Regional, Helio Gouvêa e Arion Silva; o Assistente Espiritual Regional, Fr. Edcarlos Hoffman, OFMCap.; e o Secretário do Conselho Nacional, Anderson Moura. Como convidados ainda participaram os irmãos Paulo Machado da Costa e Silva, Assessor Especial do Conselho Nacional; Maria Nilce Rangel Figueiredo, Secretária Executiva do Conselho Nacional; e Irany Ferreira, Primeira Secretária Regional, que secretariou o Capítulo.

Além do encontro de irmãos, presença marcante da Fraternidade; e das celebrações eucarísticas diárias – uma delas (a do sábado) que, votiva a Santa Clara, contou com a presença de Irmã Terezinha, clarissa do Mosteiro da Gávea; os momentos mais fortes do Capítulo foram a palestra do tema principal, que teve como pregador o presidente da Conferência dos Assistentes Nacionais da OFS, Fr. Almir Ribeiro Guimarães, OFM, ex-assistente de nosso Regional, e também a mesa redonda abordando temas do dia-a-dia das fraternidades seculares, como “O ministério das visitas fraterno-pastorais e capítulos avaliativos”, “Correção fraterna”, “Corresponsabilidade fraterna” e “Os que ficam e os que se afastam”; temas estes que foram provocados respectivamente por Antônio Benedito Bitencourt (Ministro Nacional), Fr. José de Arimateia Feitoza, OFMConv. (Assistente Nacional), Denize Gusmão (Ministra da Região Sudeste 3) e Fr. Manuel José Farias Lopes, TOR (Assistente Nacional).

No sábado à noite, após intensas atividades dos capitulares, houve uma gostosa confraternização com música ao vivo, angu e caldo verde, proporcionada pelo nosso Regional aos capitulares logo após uma apresentação teatral da Cia. Cenáculo - grupo formado por jovens do bairro Jardim Meriti, São João de Meriti (RJ) -, que encenou a peça "Chiquinho" - sobre nosso Seráfico Pai São Francisco.

Por proposta do irmão Paulo Machado da Costa e Silva, ex-Ministro Nacional e ex-Conselheiro da Presidência do CIOFS para a Língua Portuguesa, membro da Fraternidade Sagrado Coração de Jesus (Petrópolis - RJ), os capitulares aprovaram a criação da “Comissão Nacional da Memória Histórica e Biográfica da OFS do Brasil” e também uma mobilização - em todas as fraternidades do país - para a comemoração dos 40 anos da unificação da OFS do Brasil, ocorrida em 04 de fevereiro de 1972.

Nas moções aprovadas pelos capitulares, além daquela que homenageou o Regional anfitrião, destaca-se as também uma em que a OFS parabeniza a JUFRA pela celebração dos 40 de sua fundação no Brasil, e se coloca em sintonia para a celebração desse aniversário que será realizado de 21 a 23 de outubro de 2011 nas cidades de Guaratinguetá e Aparecida (SP). Também foram elencadas uma moção de Solidariedade ao povo japonês, pelas vítimas das catástrofes naturais, entre outras.

Foi determinado que em todo o Brasil, as fraternidades mantenham as prioridades fixadas no 32º Capitulo Nacional, realizado em Manaus (PA), em agosto de 2009, a saber: Ação missionária do franciscano e da franciscana seculares; revigoramento das reuniões mensais e da vida fraterna; e promover a consciência ambiental. E além desses temas, foi recomendada atenção especial aos temas secundários citados acima, debatidos neste Capítulo através das mesas redondas.

Baseado ainda nas reflexões feitas pelos capitulares sobre o tema principal deste 33º Capitulo Nacional, “Nossa regra é nossa Vida”, o mesmo orienta aos irmãos para que não percam de vista a necessidade de uma reflexão constante acerca de uma postura de conversão que nos leve a acentuar sempre os traços do Franciscano Secular, da minoridade, pobreza, simplicidade e índole secular, nas realidades temporais, valorizando e observando nossa regra, que é “medula do evangelho”, conscientes da necessidade da constante dinâmica de passar “do Evangelho a vida e da vida ao Evangelho.

O Capítulo foi encerrado por volta do meio-dia do Domingo, após ter sido escolhida a data e a sede do 34º Capítulo Nacional da OFS, que deverá ser realizado de 24 a 26 de agosto de 2012 na cidade de Brasília (DF).







Fonte: Portal da OFS do Brasil, http://www.ofs.org.br/conteudo.php?id=9822&categoria=noticias

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia no Rio

ORDEM FRANCISCANA SECULAR DO BRASIL

REGIONAL SUDESTE II
RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO

C.08/2011

Rio de Janeiro, 07 de abril de 2011

“Deixai vir a mim as criancinhas”

Lucas 18,15-17

A cidade maravilhosa que nunca para, hoje parou.

O Rio de Janeiro chora; e choramos todos nós juntos àquelas crianças
vitimas de uma violência antes só vista em noticiários internacionais e que
extrapola o absurdo.

Diante de tão triste dia devemos nos colocar ao lado - bem junto na
verdade - a estas mães, pais, professores, amigos e amigas que sofrem a
perda brutal e sem explicação de pessoas queridas.

Nós precisamos, como portadores da Paz e do Bem, unir nosso pesar a
dor destas famílias e cada vez mais repudiar qualquer tipo de violência em
nossas vidas.

Gostaria que nestes dias de luto, por quais todos nós passaremos,
organizássemos em nossas Fraternidades um forte momento de oração
por nossas crianças e por nossas famílias e em especial pelas vítimas e
familiares deste terrível dia; e mais: que as fraternidades mais próximas
se unam para que, como profetas do Reino, anunciemos publicamente a
necessidade urgente de promover uma cultura de Paz que é fruto da Justiça.

Ao Altíssimo e Bom Senhor, peço que acolha em seu colo materno
estas crianças; vítimas de uma sociedade desigual e sem Paz.

Que Deus nos perdoe e nos dê a Paz.

Helio Gouvêa
Ministro Regional
em Luto

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Evangelho do dia - 01.04.2011

Mc 12, 28b-34
O centro da vida

Vendo que Jesus tinha respondido bem, aproximou-se dele e perguntou: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» 29 Jesus respondeu: «O primeiro mandamento é este: Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! 30 E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força. 31 O segundo mandamento é este: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.»
32 O doutor da Lei disse a Jesus: «Muito bem, Mestre! Como disseste, ele é, na verdade, o único Deus, e não existe outro além dele. 33 E amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, é melhor do que todos os holocaustos e do que todos os sacrifícios.» 34 Jesus viu que o doutor da Lei tinha respondido com inteligência, e disse: «Você não está longe do Reino de Deus.» E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

* 28-34: Jesus resume a essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutiza a si mesmo, o próximo e as coisas; amar ao próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão. O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus.