quarta-feira, 28 de abril de 2010

Assistência Espiritual e Pastoral à Ordem Franciscana Secular

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM (*) 

No dia 4 de outubro de 2009, a Conferência dos Ministros Gerais da Primeira Ordem Franciscana e da TOR publicou a mais recente versão do Estatuto para Assistência Espiritual e Pastoral à Ordem Franciscana Secular. Houve poucas mudanças com relação à edição anterior (2002) que aparece no livro Documentos da Ordem Franciscana Secular. Oportunamente será publicada a nova versão do estatuto revisto. Foram poucas as atualizações realizadas sempre em vista de uma melhor compreensão do texto. Nosso propósito aqui é chamar atenção para algumas recomendações e insistências dos Ministros na apresentação do Documento de 2009.
  1. Lembram os Ministros palavras de Bento XVI no encontro com a Família franciscana em Castel Gandolfo, em junho de 2009. O Papa pedia que os franciscanos continuassem, com valentia e confiança, a anunciar o Evangelho de Cristo e sua beleza e, como Francisco, voltar a sair e reconstruir hoje a casa do Senhor, a Igreja.
  2. Os Ministros realçam a unidade de toda a Família franciscana: “Conscientes de nossa comum vocação e missão, queremos juntos fazer presente o carisma do comum Seráfico Pai na vida e na missão da Igreja, de maneiras e formas diversas, mas em recíproca comunhão vital, que nos caracteriza desde as origens. Com efeito, desde o começo do carisma, existiam muitos vínculos vivos e fraternos entre os Frades Menores e os penitentes seculares, que queriam viver uma forma de vida semelhante à de Francisco e de seus frades. De seu testemunho e de sua pregação itinerante nascia em torno dos frades outras formas de vida franciscana, tanto ativa como eremítica e contemplativa, que acolhia religiosos, leigos, clérigos, em uma nova família espiritual, a Família franciscana”.
  3. Entre as distintas formas que existem hoje na Família franciscana ocupa um lugar singular a forma de vida dos franciscanos seculares, que vivem o carisma em sua dimensão secular. Eles, historicamente, estão vinculados aos religiosos franciscanos. A Igreja concedeu como privilégio de serem os primeiros responsáveis pelo cuidado pastoral e espiritual aos superiores maiores da Primeira Ordem e da TOR. “Nós somos responsáveis da mais alta direção (o altius moderamen), que tem como finalidade garantir a fidelidade da OFS ao carisma franciscano secular, a comunhão com a Igreja e união com a Família Franciscana, valores que representam para os franciscanos seculares um compromisso de vida”.
  4. Na qualidade de Superiores maiores, os Gerais são chamados a exercer essa missão pessoalmente ou através de delegados, os assistentes espirituais, para garantir a cada Fraternidade o cuidado pastoral e espiritual. A assistência visa ajudar os terceiros em seu caminho de fé e de santificação, em sua missão específica e na sólida formação cristã e franciscana.
  5. Os assistentes (nos diferentes níveis) serão escolhidos com atento discernimento, de maneira que sejam idôneos para este serviço. Os superiores (nos diferentes níveis) cuidarão de sua formação específica, para que possam oferecer uma assistência espiritual autêntica, bem alicerçada na espiritualidade franciscana e sejam capazes de acompanhar os responsáveis seculares e respectivos conselhos no campo da formação inicial e permanente.
  6. “Uma vez nomeados os assistentes espirituais não podem ser abandonados a si mesmos, mas devem ser acompanhados e animados a trabalharem com amor junto aos franciscanos seculares, tanto por parte de sua comunidade, quanto de seu superior maior, num autêntico espírito de família”.
  7. Necessário fazer de sorte que não existam Fraternidades privadas desta orientação essencial por parte da assistência. Não deve acontecer que a falta de disponibilidade de religiosas e religiosos franciscanos redunde no fechamento de uma fraternidade secular.
  8. Os Gerais consideram importante a questão da assistência colegiada.
  9. O instrumento para a formação dos Assistentes é precisamente o Estatuto à Assistência já conhecido e agora publicado com pequenas modificações.
  10. Os Ministros agradecem a dedicação de tantos assistentes à OFS. Concluem sua apresentação citando Encarnación del Pozzo, Ministra Geral da OFS, em Assis, no Capitulo das Esteiras, a 16 de abril de 2009: “O cuidado pastoral e a assistência à OFS, mais do que uma norma jurídica, deverá brotar do amor e da fidelidade à sua própria vocação e do desejo de comunicá-la, respeitando a natureza da Fraternidade secular dando prioridade ao testemunho de vida franciscana e mais especialmente ao acompanhamento fraterno”.
(*) Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
Assistente Nacional da OFS pela OFM e Assistente Regional do Sudeste III

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Revisão de Vida


No dia 25/04/2010 a Fraternidade fez sua Revisão de Vida, todos os membros agradecem ao Frei Donil OFMConv por sua disponibilidade e por tudo que foi apresentado no dia. Que esta Revisão fique em nossos corações com o intuito de melhorar a nossa participação em nossa Fraternidade.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Revisão de Vida

Dia Mundial da Terra


 
O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.
Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.
A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.
Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.
O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.
Para mantermos o equlíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.

A Maria de Francisco

Francisco é sempre surpreendente. Nos surpreende em seus atos, como, por exemplo quando nu diante do povo, do pai e do bispo se expropria de todos os seus bens exclamando: Entendam todos! A partir de hoje não direi mais: “Meu pai Pedro Bernardone, mas meu Pai do Céu”. Mas, nos surpreende, também com seus Escritos com seu pensamento e sua Espiritualidade, como, por exemplo, sua relação com Nossa Senhora.

Francisco vê Maria não apenas como a Mãe e protetora de sua Ordem, mas, também, como Aquela que, juntamente com seu Filho, quer imitar e seguir. Por isso, escreve: “Eu, Frei Francisco, pequenino, quero seguir a vida e a Pobreza de Nosso senhor Jesus Cristo e de sua santíssima Mãe...

Mas, o que mais surpreende é a Saudação da Bem-aventurada Virgem Maria que ele faz e escreve:

Ave, ó Senhora, santa Rainha,
Santa Mãe de Deus, Maria,
que és virgem feita Igreja.

Eleita pelo santíssimo Pai do Céu,
a quem consagrou com seu santíssimo dileto Filho
e com o Espírito Santo Paráclito.

Em ti residiu e reside toda a plenitude da graça e todo o bem.

Ave, ó palácio do Senhor;
Ave, ó tabernáculo do Senhor;
Ave, ó casa do Senhor.

Ave, ó vestimenta do Senhor;
Ave, ó serva do Senhor.

Ave, ó mãe do Senhor
e ave, vós todas santas virtudes infusas,
pela graça e iluminação do Espírito Santo
nos corações dos fiéis, fazendo-os, de infiéis,
fiéis de Deus.

Chama-nos a atenção que Francisco escreve: Saudação da Bem-aventurada Virgem Maria e não à, como nós costumamos. Isso mostra que Francisco, não se vê distante e nem separado da Mãe de seu amado Senhor. Como criança no colo da mãe, vê-se um nela e com ela, esperançoso e desejoso de também ele ouvir de seus lábios o que o Menino Jesus ouvira de Maria: Meu querido filho!, e assim poder ele também experimentar e provar, um pouco, o que é ser, como Jesus, seu filho, alma de sua alma, espírito de seu espírito.

Ao contemplar a divina Mãe e a Mãe do Divino, ao admirar um encontro tão profundo, em que o Céu e a Terra se dão as mãos, em que o humano e o divino unem seus corações, palmilhando os passos da mesma aventura humana, Francisco só pode exclamar: Ave!... Ave!... Ave! ou seja: Quanta graça! Quanta vida! Quanta gratuidade! Quanta bênção! Quanta Boa vontade! Quanto Bem-querer ou Amor, podemos nós também dispor de tão admirável Senhora e de tão fecunda Virgem e Mãe.

Com um “Salve Maria!”, desejamos aos irmãos paroquianos um abençoado mês de Maria. Fraternalmente,

Frei Gabriel Brancher, Pároco e Frei Dorvalino Fassini.


Extraído de http://ofsporciuncula.blogspot.com/2010/04/maria-de-francisco.html acesso em 19 abr. 2010.Ilustração: Visão de São Francisco de Assis [óleo sobre tela] / Vicente Carducho. 1631. Budapeste : Magyar Szépmüvészeti Múzeum. Disponível em http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vicente_Carducho_001.jpg acesso em 19 abr. 2010.

A Perfeita Alegria

A Perfeita Alegria

Reparto aqui a reflexão em grupo durante estudos das Fontes Franciscanas:

Reflexão a partir do texto sobre a Perfeita Alegria, I Fioretti - Do ensinamento de Fr. Francisco a Fr. Leão que a Alegria Perfeita se encontra na Cruz.

1. 0 texto nos fala de uma experiência, que surgiu na paixão de uma procura na qual Francis foi afeiçoado. Podemos dividi-lo em três partes:

a) A primeira parte diz que a Perfeita Alegria não consiste no fazer do homem.
b) A segunda parte nos apresenta a Perfeita Alegria, como o caminhar que se manifesta em cada passo da caminhada como concreção de si mesmo.
c) A Terceira parte nos mostra a conclusão do texto: a Perfeita Alegria é a Cruz que se manifesta no vencer-se a si mesmo.

2. Francisco, na primeira parte do texto, nomeia para Frei Leão uma série de obras extraordinárias e diz que mesmo que o frade menor consiga realizá-las em sua vida, nisto não está a Perfeita Alegria. Com isso, ele quer dizer que a Perfeita Alegria não vem do homem com tal, não consiste no seu fazer, por mais extraordinário que ele seja. Frei Leão não entende esse modo de falar e, admirado pergunta: “...onde está a Perfeita Alegria?" Aqui começa a segunda parte do texto.

3. Francisco aproveita a viagem de Perusa à Santa Maria dos Anjos, e aí, nesta realidade situacional bem concreta, exemplifica onde está a Perfeita Alegria: "... então se suportarmos tal injúria e tal crueldade, tantos maus tratos, prazenteiramente, sem nos perturbarmos e sem murmurarmos (...) escreve que nisto está a Perfeita Alegria." (I Fioretti, 23). Em seguida retoma por mais duas vezes o mesmo exemplo insistindo sempre na mesma tecla: A Perfeita Alegria consiste em suportar o que está aí. No exemplo dado ele indica o que suportar e como suportar.

Confrontando as duas primeiras partes do texto, num primeiro relance parece que elas não são muito claras no que afirmam. Primeiro, diz que a Perfeita Alegria não consiste no fazer do homem, mas na relação das obras que ele nomeia, normalmente consideramos como obra de Deus e não do homem. É possível que Francisco nos queira dizer outra coisa; talvez que a Perfeita Alegria não consiste no fazer do homem, simplesmente por ele ter sido agraciado pelo fazer de Deus.

Não é o fazer milagres, o conhecer todas as ciências e o converter os homens à fé cristã o princípio da Perfeita Alegria, ela está numa outra dimensão. Mas acontece que ao afirmar na segunda parte onde ela se encontra, Francisco nos deixa na mesma dúvida, pois dizendo que é preciso suportar injúrias, crueldades, maus tratos sem se perturbar, sem murmurar etc, ela está indicando o que é preciso fazer para estar na Perfeita Alegria. Nesta compreensão do texto, podemos contestá-lo, porque pelo que aparentemente aparece, a Perfeita Alegria está na dependência desse modo de ser, que em última análise, requer o trabalho que o homem faz sobre si mesmo para chegar a este comportamento. Mas será que não é o outro o sentido do fazer neste modo de ser da Perfeita Alegria? Se é, então, a Perfeita Alegria não depende do modo de ser, mas ela é este modo de ser apontado no texto.Vamos tentar ver como se dá o modo de ser da Perfeita Alegria.

4. O texto nos diz que ela consiste em suportarmos toda a realidade da vida que nos surpreende, prazenteiramente, sem nos perturbarmos e sem murmurarmos, etc. Portanto, a porta pela qual Francisco nos introduz à compreensão do que ele expõe está na palavra suportar repetida em cada uma das situações do exemplo dado.

O que significa suportar? - Suportar é o modo de ser que assume toda a realidade situacional que se nos apresenta. Esta realidade é o que somos. Não existe fora de nós. Está inserida no acontecer de cada indivíduo. Suportar o que nas advém é assumir o que somos. A Perfeita Alegria está na positividade deste assumir. A positividade consiste em sermos todo a situação, em penetrarmos e movimentar-nos nela, num envolvimento total em que situados nos tornemos o interior da realidade situacional.

Tornar-se o interior da realidade é ir ao âmago da mesma, é ser todo n'aquilo que a institui. Francisco diz que, quem está nesta interioridade, suporta a vida com paciência, com alegria, prazenteiramente, sem se perturbar. Neste modo de ser, não existe abertura de possibilidades, mas somos a própria possibilidade que caminha em busca de si mesmo. Isto significa que interioridade deste modo de ser é a própria possibilidade daquilo que se é. Interioridade é o que leva o indivíduo a assumir a sua realidade na tentativa de se descobrir nela. É o que torna possível este processo de caminhada. Parece ser esta a estrutura da realidade situacional, indicada por Francisco no diálogo
com Frei Leão.

5. Ambos voltam à Santa Maria dos Anjos. Santa Maria não é um simples lugar, mas o ponto de partida de um encontro onde surgiu o processo da caminhada e, caminhando, explica ao Frei Leão em que consiste o caminho que ele chama de Perfeita Alegria. Ela consiste em assumir toda e qualquer realidade, com todo o peso que a mesma suporta (comporta), insistindo e persistindo nela a fim de penetrá-la para descobrir o sentido que nos constitui nesta realidade que somos nós mesmos.

‘‘Se suportarmos todas estas coisas pacientemente e com alegria, pensando nos sofrimentos de Cristo os quais devemos suportar por seu amor (...) aí e nisto está a Perfeita Alegria” (24).

Já vimos que suportar significa assumir o que somos, aguentar o próprio peso de nós mesmos. Mas não basta isto, é necessário assumirmos pacientemente, com alegria, pensando nos sofrimentos de Cristo.

Assumir pacientemente é ser assumido pelo que nós fazemos, deixando-nos fazer por aquilo que está aí resguardado no acontecer do dia-a-dia.

Assumir na paciência é caminhar vigorosamente para o coração d'aquilo que nos faz ser o que somos, na realidade em que nos situamos.

Caminhar para o coração é assumir tudo na cordialidade, é se entranhar no que se apresenta na tentativa de ir sempre à sua raiz.
No rigor desta tentativa somos tomados por um vigor que nos lança ao interior de nós mesmos, de modo que, em tudo haja esta penetração envolvente que não se fixa nas aparências da realidade, mas nos completa nela, levando-nos a unicidade de todas as coisas, a partir da cordialidade da vida que aflora em todo o nosso existir.

A Perfeita Alegria é a caminhada que se dá na cordialidade. É o modo de ser daquele que coloca todo seu existir na busca desta interioridade.

A interioridade desta busca é Cruz. Cruz é estar tão dentro de si mesmo que nada mais nos importuna, mas tudo se suporta na solidão da paciência. Nisto está a Paixão de Cristo que devemos pensar, a Cruz na qual podemos nos gloriar.


sábado, 17 de abril de 2010

Especial: ”Dom Orani há 1 ano no Rio de Janeiro”

Dom Orani João Tempesta em apenas um ano conquistou a confiança e a admiração do povo carioca. Neste tempo, como Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, já recebeu os títulos de “Arcebispo mais carioca do Rio” e de “Cidadão Honorário da Cidade”. Além do carinho de cada cristão que o conhece.

Bispo popular, aproximou o povo da Igreja, e a Igreja da cultura popular. Visitou escolas de samba, esteve na festa de aniversário da Cidade, se aproximou de quem viveu momentos de muita alegria, mas também daqueles que sofreram dores irreparáveis, como os que perderam moradias e parentes, no Morro São Sebastião, em Cascadura, no final do ano passado. E, mais recentemente, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, onde fez questão de ir para ver, pessoalmente, os estragos causados pela chuva.

Durante a Novena de São Sebastião, mesmo sabendo que seria difícil o acesso ao Morro de São Sebastião, em Cascadura, Dom Orani fez questão de fazer a Igreja presente e de prestar sua solidariedade às famílias sofridas por causa do deslizamento de terra que ocorreu no morro, no dia 31 de dezembro.

Com as enchentes de abril, sua posição foi a mesma: prestar auxílio e solidariedade a todo o povo, pedindo aos sacerdotes de toda a Arquidiocese que estivessem atentos às necessidades locais, abrindo mesmo as portas das suas comunidades para acolherem os necessitados. Dom Orani está sempre preocupado em acompanhar aqueles que mais precisam e está atento às realidades das famílias, que precisam viver com segurança e dignidade.

Por todas as suas qualidades, e especialmente por sua dedicação ao rebanho carioca, em dezembro, o Arcebispo recebeu o título de Cidadão Honorário da Cidade, no Plenário da Câmara Municipal do Rio. Na ocasião, muitas pessoas fizeram questão de destacar características marcantes do Arcebispo: trabalhador incansável, humildade e caridade foram algumas delas.

Sempre atento ao que se passa no Brasil e no mundo, Dom Orani sabe lidar muito bem com as diferenças, e isso foi também destacado no evento pelo Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Rio de Janeiro (Conic), Dom Filadelfo Oliveira, em uma homenagem que fez a Dom Orani.

- Creio que algumas pessoas transcendem as Instituições. Meu caro, você é uma delas. Você não é o bispo somente dos católicos, você é o bispo do povo de Deus, declarou.

Já no aniversário da Cidade, em um evento na Centro do Rio, o coordenador, Roberto Cury, presenteou o Arcebispo com um troféu que dizia “Ao Arcebispo mais carioca do Rio”, afirmando que Dom Orani já havia sido popularizado como tal.

Seja nos momentos alegres ou tristes, Dom Orani sempre está perto do povo. E isso anima muito a Igreja Católica. Nesses 12 meses à frente do governo Arquidiocesano, ele percorreu todos os vicariatos, muitas comunidades, sempre com a meta de conhecer melhor as 252 Paróquias da Arquidiocese, seus fiéis e as realidades experimentadas.

Dom Orani vem sendo incansável no anúncio do Evangelho e no incentivo à prática da caridade. Um verdadeiro pastor do povo carioca.

Tu és Pedro

Neste dia 16 de abril a Igreja de todo o mundo se alegra e celebra o aniversário natalício do Papa Bento XVI, e na próxima semana os cinco anos de seu pontificado. Ele foi eleito sucessor de Pedro em 19 de abril de 2005.

Neste período à frente da Igreja de Cristo, muito se pode destacar do trabalho incansável do Pastor. Em especial, não podemos esquecer a visita do Santo Padre ao Brasil em 2007 e o grande crescimento espiritual gerados pela criação dos Anos Paulino e Sacerdotal.

Bento XVI, em sua homilia, durante a Santa Missa da Imposição do Pálio e entrega do Anel do Pescador para o início do Ministério Petrino do Bispo de Roma, em 24 de abril de 2005, pedia: “Queridos amigos. Neste momento eu posso dizer apenas: rezai por mim, para que eu aprenda cada vez mais a amar o Senhor. Rezai por mim, para que eu aprenda a amar cada vez mais o seu rebanho vós, a Santa Igreja, cada um de vós singularmente e todos vós juntos. Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos. Rezai uns pelos outros, para que o Senhor nos guie e nós aprendamos a guiar-nos uns aos outros.”

Mais que nunca, todo o rebanho da Igreja tem respondido a esse chamado. Em tempos de grandes tribulações e perseguições, a Igreja se coloca de pé ao lado de seu Pastor. Bento XVI tem sido exemplo de coragem, humildade e doação. Em todos os cantos do mundo pululam manifestações de apoio, solidariedade e apreço pela figura do Papa e dos Sacerdotes de forma geral.

“O povo de Deus está ao lado do Papa”

Durante a Missa da Ressureição, no dia 4 de abril, o Cardeal Dom Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício disse: "Com o espírito da alegria pascal, o colégio expressa sua proximidade ao Sucessor de Pedro e canta com ele o “Aleluia” da fé e da esperança cristãs. Estamos profundamente agradecidos pela força e a coragem apostólica com as quais anuncia o Evangelho de Cristo; admiramos o amor com o qual assume as alegrias, esperanças, tristezas e angústias dos homens de hoje, principalmente os pobres e os que sofrem", assegurando ao Papa a “solidariedade dos irmãos Bispos espalhados por todo o mundo, que guiam as três mil circunscrições eclesiásticas do planeta, dos 400 mil sacerdotes que generosamente servem o povo de Deus em Paróquias, oratórios, escolas, hospitais e missões nas regiões mais remotas do mundo".

Dom Sodano completou ainda: “O povo de Deus está ao lado do Papa, e não se abala por certas ‘especulações’ e nem por provações que por vezes atingem a comunidade de fiéis.”

“No momento em que a Igreja Católica e a própria pessoa do Santo Padre sofrem duros e injustos ataques, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifesta sua mais profunda união com o Papa Bento XVI e sua plena adesão e total fidelidade ao Sucessor de Pedro, disse o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, em um pronunciamento oficial nos meios de comunicação.

“A Páscoa de Cristo, que celebramos nesta semana, nos leva a afirmar com o Apóstolo Paulo: ‘Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados’ (2Cor 4,8-9). Nossa fé nos garante a certeza da vitória da luz sobre as trevas; do bem sobre o mal; da vida sobre a morte”, concluiu Dom Geraldo. O presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), Dom Raymundo Damasceno Assis, também emitiu nota em solidariedade ao Papa, além de Bispos norte-americanos e europeus, entre outros.

Mas não só o clero. Leigos de vários países têm se manifestado, em especial através da internet. A iniciativa foi da associação "E-Cristians" que espera que "uma onda de confiança em nossos Sacerdotes e no Papa preencha o mundo". A Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC) também em nota oficial se posicionou contra o que chamaram de “campanha” para desacreditar a autoridade da Igreja, “que é a voz mais consciente na defesa da vida desde a concepção até a morte natural e na defesa da família”.

Na celebração de seu pontificado, o povo de Deus se une em torno do Papa. E o próprio Bento XVI é quem nos exorta: "Não tenham medo. Cristo ressuscitou e vive entre nós. Sua presença amorosa acompanha o caminho da Igreja e a sustenta em meio às dificuldades. Com esta certeza em seu coração, ofereçam ao mundo um testemunho sereno e corajoso da vida nova que brota do Evangelho", disse o Santo Padre na ultima segunda-feira, dia 5, durante a oração do Regina Coeli que, neste período pascal, substitui o Ângelus.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lembrete

A nossa Regra nos diz no capítulo III, nº 23, com referência à profissão e própria natureza:
"A PROFISSÃO, POR SUA NATUREZA, É UM COMPROMISSO VITALICIO (PERPÉTUO)."

Cuidem bem de analisarem com profundidade o passo que deram ao professar. A responsabilidade moral, jurídica e espiritual deste ato nos segue e nos solicita todos os dias. A profissão é um ato moral, pois nos guia pela Regra a um caminho de posturas (atos) coerentes com a moral evangélica. Ela é um ato jurídico, pois a Ordem toda está diretamente vinculada na sua estrutura às leis canônicas da Igreja. A OFS NÃO É uma mera associação de leigos piedosos ou uma antiga irmandade ou confraria, como pensam  muitos. É sim, uma opção de vida evangélica nos moldes de Nosso Pai S. Francisco, e como tal aprovada pela Igreja, na sua Regra e Constituições Gerais.
A profissão é um ato de natureza ESPIRITUAL, pois aquilo que nós buscamos ao professar visa sobremodo a nossa VIDA INTERIOR, como leigos e leigas, vivendo num mundo conturbado que não é nosso, semeando a Paz e o Bem.
A profissão exige mudança de maneira ou modo de pensar: mudança de mentalidade face à vida e às pessoas. Isto se chama CONVERSÃO. Mudar o modo de pensar é a penitência. Penitência não é castigo corporal para se purificar, mas como disse acima: mudar de vida para melhor todos os dias. A palavra grega METANOIA significa exatamente isso: mudança de mentalidade, de modo de pensar com relação a si e ao próximo, para crescer em Cristo. Eis o que diz o Apóstolo Paulo: "Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências (fraquezas) enganadoras. Renovai sem cessar a vossa mentalidade (sentir, agir e querer), e revesti-vos do homem (mulher) novo(a), criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade." (Efésios 4, 22-24).
"Eu vos exorto, pois, imãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." (Rm 12, 1-2) e também (Rm 8, 1-39).


"E todo aquele que isto observar, seja repleto no céu da benção do Altíssimo Pai, e seja, na terra, cumulado com a bênção do seu dileto Filho, juntamente com o Santíssimo Espírito Paráclito" São Francisco de Assis


Fonte: Boletim de Circulação da Fraternidade Franciscana Secular de Petrópolis.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Não podemos servir a Deus e ao dinheiro

Com o tema "Economia e Vida" e o lema "Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mt 6 ,24), a campanha tem o objetivo de colaborar na promoção da economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura de paz.

"Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão."

Este é o objetivo da Campanha da Fraternidade 2010, lançada no dia 17 de fevereiro (quarta-feira de cinzas) em Brasília.

Criada pela Igreja Católica em 1964, a Campanha da Fraternidade deste ano será ecumênica, a exemplo do que ocorreu em 2000 e 2005. Neste ano, as Igrejas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) propõem uma reflexão sobre o sistema econômico vigente do país, inspirada no versículo bíblico "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6, 24).

O texto Base faz uma análise da economia do país e enfatiza que ela deve estar a serviço da vida. "A economia não é uma estrutura autônoma. Ela faz parte das prioridades políticas. As políticas econômicas e as instituições devem ser julgadas pela maneira delas protegerem ou minarem a vida e a dignidade da pessoa humana, sustetarem ou não as famílias e servirem ao bem comum de toda a sociedade", diz parágrafo 26.

O tema desafia a sociedade a responder a algumas questões: como vivemos nossa fé num país em que grande parte das pessoas vive em situação de fome e miséria?
O texto sugere também ações concretas a serem assumidas pelas comunidades, por exemplo a eduacação para a solidariedade e uma economia solidária com compromisso social.
A Campanha da Fraternidade é lembrada durante toda a quaresma e, no Domingo de Ramos, 28 de março, será feita a Coleta da Solidariedade como gesto concreto. Os valores arrecadados serão aplicados em projetos que visem a superação da exclusão social e econômica no país.
Vale a pena mergulharmos nos ensinamentos e questionamentos que essa campanha ecumênica nos propõe.
Rezemos então com a Igreja, pedindo um coração sensível as realidades atuais, para que não nos tornemos alheios ao momento histórico que vivemos.

Fonte: Revista Toca para Igreja - Fevereiro/Março de 2010

Oração da Campanha da Fraternidade 2010

Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida. Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da conivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho. Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas. REconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida. Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Mandante do assassinato de Dorothy Stang é condenado a 30 anos

Vitalmiro Bastos de Moura ficará preso em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

No Pará, o fazendeiro que mandou matar a missionária Dorothy Stang, em 2005, foi condenado a 30 anos de prisão.

Silêncio à espera do resultado. Depois de 15 horas de julgamento, os jurados precisaram de 15 minutos para decidir pela condenação de Bida.

''Condeno Vitalmiro Bastos de Moura, já qualificado nos autos, a pena de 30 anos de reclusão''.

Emoção no plenário. Para David Stang, que acompanha todos os desdobramentos do caso e veio dos Estados Unidos para assistir ao julgamento, a Justiça brasileira reconheceu que o assassinato de sua irmã foi encomendado.

Vitalmiro Bastos de Moura ficará preso em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado: morte por encomenda e sem direito de defesa à vítima.

Bida foi representado por dois defensores públicos. O advogado de defesa Arnaldo Lopes de Paula, que foi contratado na última hora, se recusou a participar do julgamento e disse que vai recorrer para tentar anular o júri. ''Vamos alegar a cerceamento de defesa. Por conta disso, a nulidade absoluta",

Dos cinco acusados pela morte de Dorothy Stang, apenas um ainda precisa ser julgado: é o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, que seria o outro mandante do crime. O julgamento dele está marcado para o dia 30 de abril.

“Os mandantes estão sentando nos bancos dos réus, tendo julgamento justo e, graças a Deus, estamos conseguindo a condenação. Isso aí é uma forma para que os próximos mandantes que estejam projetando, estejam planejando matar lideranças, freiem um pouco seus ímpetos'', disse o promotor Edson Souza.

Capela sobrevive a deslizamento no Morro do Sumaré

Secretário de Turismo sobrevoou local nesta tarde.
Obras de estrada para Cristo devem durar 6 meses.

Foto: Divulgação/RioTur

O Secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, vistoriou o Parque Nacional da Tijuca na tarde desta terça-feira (13). De acordo com a Riotur, chamou a atenção em especial o deslizamento de terra em frente à Capela São Silvestre, no Morro do Sumaré, próximo da estação Silvestre do Trem do Corcovado, que por pouco não ruiu (Foto: Divulgação/Riotur)

Aniversariantes do Mês de Abril

  • 03/04 - Salete
  • 12/04 - Célia
  • 14/04 - Orlando
A Fraternidade deseja aos nossos queridos irmãos um feliz e santo Aniversário! Com as bençãos de Nosso Senhor Jesus Cristo por intermédio de nosso pai seráfico São Francisco.

domingo, 11 de abril de 2010

Visita Fraterna


No dia 11/04/2010 tivemos nossa Visita Fraterna feita pela nossa irmã Maria Tereza do nosso Regional, infelizmente frei Edcarlos não pode comparecer por motivos de saúde, desde já colocamos em nossas orações a recuperação deste irmão e serve de Deus. A Visita foi muito gratificante para nossa Fraternidade e as trocas de experiências serviram para um aprofundamento de nosso Carisma e a certeza de que ele permanece vivo em nossos corações.