segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

7 de Fevereiro - Bem-aventurado Pio IX

João Maria Mastai Ferretti - 1792-1878).
Terceira Ordem Franciscana.
Beatificado por João Paulo II aos 03 de setembro de 2000.

Nasceu em 13 de maio de 1792 em Senegal, filho de Jerônimo e Catarina Solazzi. Estudou priemeiro em Volterra e depois no Colégio Romano. Ordenado sacerdote a 19 de abril de 1819, fez-se terciário franciscano em 1821 em São Boaventura no Paladino. Acompanhou Mons. Giovanni Muzi na delegação apostólica do Chile e Peru (1823-25). A 03 de junho de 1827 foi sagrado bispo de Espoleto, e se mostrou homem de governo. Em 1832 Gregório XVI o fez bispo de Imola e cardeal. Ali trabalhou para apaziguar os ânimos das diversas facções políticas, que exerciam uma violência sanguinária. À morte de Gregório XVI, foi eleito papa no conclave de junho de 1846. Tomou o nome de Pio IX.

Promulgou uma ampla anistia para com os presos políticos, suavizou as condições dos judeus, abolindo a clausura do Gueto. Criou uma Congregação para os assuntos de Estado e ele mesmo presidiu em ordem a um bom governo dos Estados Pontifícios. Propugnou por uma federação italiana, intento que foi bloqueado pela Áustria. Resistiu a todas as pressões que se lhe fizeram para declarar guerra à Áustria, porém escreveu ao imperador para pedir-lhe um edito que reconhecesse a nacionalidade da Itália. A 15 de novembro de 1848 foi assassinado o ministro Pellegrino Rossi e Roma foi tomada pela anarquia e saques, até que o Papa viu-se obrigado a fugir para Gaeta, sendo acolhido pelo rei Fernando II.

Em Roma foi instaurado um governo republicano. O Papa de Gaeta informou sobre o sucedido aos governos que mantinham relações diplomáticas com a Santa Sé e solicitou ajuda. Com a ajuda de alguns governos europeus recuperou o poder. Novamente concedeu anistia e reformas políticas. Trabalhou ardentemente pela recuperação econômica do Estado, realizou numerosas obras em quase todos os portos e na cidade de Roma, até converte-la em uma capital moderna. Promoveu a cultura e as investigações arqueológicas. Em 1857 percorreu todas as cidades do Estado para escutar seus súditos. Teve que suportar idas e voltas dos governos europeus em torno da questão romana, a unificação da Itália com a perda dos estados pontifícios e conseqüentemente seu confinamento no Vaticano, como uma forma de protesto pelo modo com que se dispôs frente à situação. Frente à perseguição laicista que se desencadeou em quase todos os países, foi tomando vulto um movimento laico católico em defesa dos direitos da Igreja.

O Papa esforçou-se por atender à Igreja na América Latina, o ressurgimento católico na Alemanha, os problemas da Polônia ocupada e repartida. Fomentou grandemente as missões entre os infiéis, decaídas desde o final do século XVIII. Buscou a reunificação dos cristãos nos Bálcãs e no Oriente, criou uma Congregação especial para as Igrejas Orientais. Depois de consultar o episcopado do mundo todo, a 8 de dezembro de 1854, definiu o dogma da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem. Convocou e celebrou o Concílio Vaticano I, que teve de ser suspenso por causa da guerra franco-prussiana (08 de dezembro de 1869 - a julho de 1870). A este Concílio convidou também as igrejas separadas e os governantes católicos, que tinham abandonado seu papel de defensores da fé. O Concílio concluiu com a constituição De fide catholica e a definição do dogma da infalibilidade do Papa.

Morreu a 07 de fevereiro de 1879 e foi sepultado provisoriamente no Vaticano, depois transladado para São Lourenço extramuros, de acordo com os seus desejos. É o pontificado mais longo de que recorda a história, vivida em meio a turbulências políticas e religiosas. Sem embargo, sua obra foi intensa e profunda em todos os tempos. "Muitas coisas mudaram na Igreja entre 1846 e 1879".

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